Publicado em 19 de dezembro de 2006
A Carta: sua história e o seu presente
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Como tudo começou Após seis anos de debates em vários níveis no âmbito da rede internacional Aliança para um Mundo Responsável, Plural e Solidário, a Carta das Responsabilidades Humanas foi lançada em 2001, na Assembléia Mundial dos Cidadãos, organizada pela Fundação Charles Léopold Mayer. O projeto nasceu para encorajar um esforço internacional de renovação das reflexões a respeito das responsabilidades individuais e coletivas diante do futuro da humanidade e do planeta, o respeito aos Direitos Humanos e a conquista da Paz. Mais tarde, foi criado um Comitê Internacional Facilitador para a difusão da Carta. Quem participa? As atividades da Carta em diferentes partes do mundo são coordenadas pelos membros do Comitê Internacional Facilitador e por Comitês nacionais (e regionais). São pessoas envolvidas em processos de reflexão e de realização de atividades, em colaboração com grupos sociais e profissionais provenientes de todos os setores da sociedade. O apoio financeiro para o desenvolvimento dessas ações é dado principalmente pela Fundação Charles Léopold Mayer (Paris), enquanto as atividades locais são apoiadas também por inúmeras organizações em vários países dos diferentes continentes. Um texto e um pré-texto para o diálogo, a reflexão e a ação Os Princípios da Carta são o resultado de um processo de diálogo intercultural e interdisciplinar que iniciou em 1998. As pessoas que participaram das discussões obviamente não representam a humanidade como um todo. A Carta é apresentada como uma ferramenta para o diálogo, um ponto de partida ao alcance de todos, um novo olhar para o real significado e o lugar do termo responsabilidade em nossas sociedades. A lista de princípios funciona como um eixo comum, uma referência para ser transferida e adaptada aos diferentes campos da atividade humana e às diferentes realidades, por meio de traduções adequadas para cada cultura. A Carta oferece tanto um pré-texto como um texto, para a reflexão e a ação. Como um pré-texto, a afirmação de que a Carta propõe um princípio universal de responsabilidade humana favorece a reflexão sobre o significado da responsabilidade, tanto individual como coletiva. A Carta nos convida a rever e a agir de maneira responsável com respeito ao outro e ao planeta. Como um texto, a Carta não impõe regras, propõe prioridades e nos estimula a assumir compromissos no nosso cotidiano. Os princípios da Carta nos convidam a ser reflexivos e pro ativos na elaboração de nossas políticas e em nossas ações. Um processo continuo A Carta foi traduzida e adaptada culturalmente para mais de 25 línguas. Num momento no qual é inevitável e necessário reconhecer a nossa interdependência, as pessoas são convidadas a redefinir o conceito de responsabilidade e adaptá-lo ao seu contexto social, profissional ou outro. Essas reflexões ocorrem em fóruns locais, nas reuniões da comunidade, workshops, intercâmbios culturais, discussões entre diferentes crenças, diálogos com as empresas sobre sua responsabilidade social, publicações, planos de cursos e também por meio das artes plásticas, do teatro, da dança, da música e de todas as manifestações artísticas. Os princípios da Carta são pontos de referência para todas as esferas sociais e profissionais e a partir deles os diferentes setores podem construir o seu próprio guia de responsabilidades. Estes guias serão a base do acordo social que os une ao resto da sociedade. Deste modo, o surgimento de uma consciência mundial, baseada na noção de responsabilidade, conduzirá a um acordo social internacional para atender às necessidades do século XXI. Reflexão e Ação Organizações e indivíduos ao redor do mundo estão utilizando a Carta das Responsabilidades Humanas como ponto de partida para uma reflexão sobre suas próprias situações e como referência para suas ações. As diversas interpretações, significados e contextos culturais têm inspirado uma grande variedade de projetos em diferentes países. Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Geórgia, Grécia, Itália, França, Índia, Líbano, Nova Zelândia – Pacífico, Filipinas, Senegal, Estados Unidos e Zimbabwe. Responsável no Brasil
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